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domingo, 7 de março de 2010

AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM



A forma como avaliamos determina e reflete a forma como educamos!
A avaliação pode estar ou não a serviço da aprendizagem!


O que avaliamos? O que é avaliar?





Por que avaliamos? Como Avaliamos ?






O que é avaliar?

Avaliar é dar valor, apreço ou merecimento. Logo, a ação de avaliar se constitui, inicialmente, de uma aferição de acordo com alguma escala de valores pré fixada. Generalizando, pode-se dizer que avaliar é comparar uma "realidade" com um "modelo ideal". Este "modelo ideal" expressa, através do delineamento de metas e objetivos, um padrão de qualidade a ser atingido.



Real X Ideal (Quem determina o que é ideal? Esse ideal está a serviço de quem? Ideal pra que?)

Informações - Juízos - Decisões

Avaliação é MOVIMENTO AÇÃO - REFLEXÃO - AÇÃO

O que é avaliar bem? O que é um bom instrumento de avaliação?
É aquele que faz um bom diagnóstico da realidade, que informa bem. É discriminador, é consistente, não é arbitrário.


Por que avaliamos?

O que faço com o resultado da avaliação dos meus alunos?
· Constato o sucesso o fracasso dos meus alunos - profiro a SENTENÇA - decido pela sua aprovação ou não. (Verifico, classifico, certifico, provo...)
· O resultado da avaliação é um instrumento de reflexão sobre minha prática pedagógica (conheço, adapto, regulo, situo, compreendo, tranquilizo, apoio, reforço, corrijo, facilito, dialogo, desafio, provoco, harmonizo, oriento, exploro, identifico...)
· Instrumento de comunicação e informação para o aluno e para a intituição (informo). Qual a qualidade desta informação? Eu informo o que?
Avaliação como mediação?
Avaliação como instrumento de investigação e de planejamento?

O que e como avaliamos?

1. Quando avalio? O momento da avaliação é distinto do momento da aprendizagem?
Avalio antes? Avalio durante? Avalio depois?
Quando faço a recuperação? De nota ou de conteúdo?
Um só momento - cuidado

2. O que eu faço com o resultado do processo de avaliação que realizo?



2.1. O que eu faço com o erro? Como eu trato o erro?
Certo X errado X meio certo
Corrijo? Interpreto? Investigo sua causa? Entendo? Acompanho? Compreendo o pensamento do aluno?
2.2. Qual é o seu papel na avaliação que faço? Que tipo de erro eu permito/provoco o acontecimento?
2.3. Peço pra refazer? Que subsídios forneço para este refazer?
2.4. Como explico o erro que o aluno cometeu?



3. Privilegio o FAZER em detrimento do COMPREENDER?
"Fazer é compreender em ação uma dada situação em grau suficiente para atingir os fins propostos, e compreender é conseguir dominar, em pensamento, as mesmas situações até poder rever os problemas por ela levantados em relação ao porquê e ao como das ligações constatadas e, por outro lado, utilizadas na ação" (Piaget apud Hofmann, p.72)
"O bom desempenho em uma tarefa é uma coisa e o desenvolvimento de estruturas mentais é outra coisa completamente diferente". (Kamii apud Rabelo, 13)

3.1. O aluno precisa tomar consciência sobre como faz e porquê faz. Meus instrumentos de avaliação proporcionam esta tomada de consciência?
Toda e qualquer atividade feita pelo aluno deveria ter por intencionalidade básica a investigação (Hoffmann, p.57) "
Em que medida a tarefa proposta possibilita ao aluno a organização de idéias de forma própria , individual? É possível construir várias alternativas de solução? Há relação com outras áreas de conhecimento" (Hoffmann, p.57)
Promovo a construção de sínteses e análises autônomas?


4. Como expresso o resultado da avaliação? Como componho a nota/conceito?

Medir é avaliar? Avaliar é medir? O que é possível medir?
Objetividade X Subjetividade
Tipos de Grandezas: Fundamentais (área, comprimento); Intensivas (dureza, PH);
Derivadas (densidade)
Níveis de mensuração: qualitativo, ordinal, quantitativo.

4.1. Conceito ou Nota?
"
A medida deve resguardar o significado de um indicador de acertos e erros... Esse indicador passa a fazer sentido a partir da interpretação pelo professor do que ele verdadeiramente representa quanto à produção de conhecimento pelo aluno. A quantificação não é nem indispensável nem essencial à avaliação. É uma ferramenta de trabalho util, se assim for entendida." (Hoffmann, p.54)
"Precisamos transformar o discurso avaliativo em mensagem que faça sentido, tanto para quem emite quanto para aquele que a recebe. O maior interesse de um processo de avaliação deveria recair no fato de se tornar verdadeiramente informador. A avaliação dever tronar-se o meomtneo e o meio de uma comunicação social clar e efetiva. "Deve fornecer ao aluno informações que ele possa compreender e que lhe sejam úteis. Se a nota fornece uma informação compreensível e útil por que privá-lo dessa mesma informação" (Rabelo, p.80)

Para que uma nota seja informativa os alunos precisam conhecer a interpretação dada à ela pelo professor. Os alunos precisam conhecer os critérios pelos quais foram avaliados (Melhor ainda se além de conhecer eles participassem da sua construção)

4.2. Média? Cuidado com elas!
Os resultados dos testes deveriam ser constantemente relativizados

4.3. Quais e quantos são os instrumentos de avaliação que uso?
- Testes e provas (Com ou sem consultas? Ao material? Aos colegas? Ao professor? E como é tratada a cola?)
- Projetos aplicados
- Tarefas de casa (pesquisas bibliográficas, entrevistas, listas de exercícios...)
- Diários de bordo
- Mapas conceituais
- Portfólios

4.4. A questão da arbitrariedade
- diferentes professores tendem a atribuir diferentes notas ao mesmo trabalho;
- o mesmo professor tende a atribuir diferentes notas ao mesmo trabalho em diferentes ocasiões;
- quanto maior a liberdade de expressão de uma atividade maiores são essas diferenças.

Cuidado com comparação e impressionismo?
"As medidas referenciadas a critérios podem desempenhar um papel significativo no acompanhamento do processo de construção do conhecimento. Referem-se à necessária especificação, descrição, interpretação dos erros evidenciados num teste de aproveitamento. Essa interpretação, o que é importante, não é feita comparativamente. Ou seja, com base na posição relativa dos elementos do grupo, como é a orientação das medidas tradicionais ( referenciadas a normas), mas, sim, com referência ao status do aluno em relação a determinados pontos referenciais (critérios) estabelecidos como indicadores de aprendizagem." (Hoffmann, p.24)

4.5. Como considero as atitudes ou a postura? Atitudes e posturas com relação a que? ( Colegas? Professores? Conhecimento? Tarefas?)
(o bom comportamento pode substituir a compreensão?)

4.6. Avalio atividades feitas em grupo? Como avalio a participação individual nestes casos?

5. Quem avalia? (o professor, avaliador externo ao processo, os alunos a si mesmos e aos outros)

6. Como coleto e registro informações sobre os alunos? Durante as aulas, de forma global? Sobre a turma? sobre grupos de alunos? Diário da turma?



Bibliografia

DEMO, Pedro Avaliação Qualitativa.
HOFFMANN, Jussara Avaliação: mito e desafio. Uma perspectiva construtivista. Eduacação e Realidade Revistas e Livros. Porto Alegre, 1991.
MACHADO, Nilson José Epistemologia e didática. Cortez editora. São Paulo, 1995
RABELO, Edmar Henrique Avaliação - novos tempos novas prática. Editora Vozes. Petropólis, 1998.
SAUL, Ana Maria - Avaliação Emancipatória. Editora Autores Associados. São Paulo, 1991.

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